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A nossa história

A
Escola Secundária Emídio Navarro constitui um dos primeiros ascendentes do ensino oficial secundário no concelho de Almada, cujo crescimento acompanhou a evolução demográfica vertiginosa nas décadas de cinquenta (1950 – 61.572 habitantes), sessenta (1960-70.978), e setenta (1970-108.150).

A primeira Escola Industrial e Comercial de Almada foi criada em 1955, em instalações da rua
D. João de Portugal, tendo-se transformado, em 1958, na Escola Industrial e Comercial Emídio
Navarro. Devido ao aumento de matrículas criou-se a Escola Técnica Elementar D. António da
Costa onde passou a funcionar o Ciclo Preparatório do Ensino Técnico. A Escola Industrial e Comercial de Emídio Navarro ocupou as suas atuais instalações, na rua Luís Queirós em 1960,
e a escola preparatória também, nos Caranguejais em 1969.

Em 1971, em plena reforma de Veiga Simão, a Escola Industrial e Comercial Emídio Navarro é
de novo desdobrada, dando lugar a uma escola de vocação comercial, a Escola Técnica Comercial Anselmo de Andrade. Esta ocupou os pavilhões pré-fabricados na Praça São João Baptista durante alguns anos, tendo ampliado as suas instalações em 1980 com a criação, depois secção, na Praça Gil Vicente (atual Escola Secundária Cacilhas-Tejo). Em 1986 foi transferida para as atuais instalações na rua Ramiro Ferrão, no Pombal.

As áreas curriculares oferecidas por esta escola até finais dos anos 70 estiveram limitadas aos cursos relacionados com eletricidade/eletrotecnia (que sempre constituiu grupo dominante) e com mecânica/mecanotecnia. No entanto, devido à restruturação do ensino secundário, iniciada em 1975/76 com a unificação dos cursos gerais, foram criadas novas áreas no ensino vocacional diurno: Quimicotecnia, Desporto, Construção Civil, Introdução às Artes Plásticas, Design e Arquitetura. No ensino noturno manteve-se a limitação às duas áreas tradicionais.

No ano letivo 2013/2014 passou a ser a sede do Agrupamento de Escolas de Emídio Navarro.
Fazem parte deste Agrupamento, para além da escola sede a Escola Básica D. António da Costa, a Escola Básica de Almada, a Escola Básica Cataventos da Paz, a Escola Básica n.º 3 da Cova da Piedade (Escola dos Caranguejais), a Escola Básica da Cova da Piedade e o Jardim de Infância de Almada.

Atualmente funcionam na Escola Secundária de Emídio Navarro o 3.o Ciclo do Ensino Básico em regime regular e o Ensino Secundário, com turmas dos Cursos Cientifico-Humanísticos e dos Cursos Profissionais.

E
mídio Navarro foi advogado, conselheiro de estado, ministro, deputado, jornalista escritor.
Nasceu em Viseu, em 19 de abril de 1844, mas cresceu em Lamego.
Matriculou-se no Seminário local, mas acabou por desistir da vida eclesiástica, matriculando-se então em Matemática e Filosofia. Na academia onde estudava teve vários problemas com o governo, o que o fez mudar-se para a Faculdade de Direito, onde concluiu o curso em 1869.

Instalou-se em Bragança onde exerceu a sua profissão de advogado, mas sem grande sucesso. Mudou-se para Lisboa, ingressando no Partido Progressista Histórico e, logo imediatamente, no corpo redatorial do jornal “O País”. Fundou com António Enes o jornal “O Progresso”. Posteriormente fundou também um dos principais órgãos políticos do país “O Correio da Noite”, onde evidenciou raras qualidades de combate e ação, atacando tudo e todos, no poder central. Seguiu a sua carreira de advogado e jornalista, mas nunca abandonou a política. Defendia o Partido Progressista com uma enorme dedicação.

Após o falecimento de Anselmo Braancamp, aderiu à eleição do conselheiro José Luciano de Castro, e foi deputado de várias legislaturas.

Foi nomeado Ministro das Obras Públicas (cargo que exerceu entre 1886 e 1889), onde desenvolveu a viação, alargou os serviços florestais e ampliou o ensino comercial, industrial e agrícola, tendo contribuído significativamente para o desenvolvimento do património português.
Ao abandonar o cargo ministerial foi nomeado secretário do Tribunal de Contas e, depois, Ministro de Portugal, em Paris, em 1882.

Ao regressar, dedicou-se exclusivamente ao jornalismo. Mais tarde retirou-se para o Luso com a família, devido a uma doença que o minara. Faleceu a 16 de agosto de 1905.

Foi uma grande figura portuguesa, jornalista (participou em quase todos os jornais portugueses), advogado e político (desenvolvendo bastante a terra onde morreu, o Luso).

Em sua homenagem, a nossa escola escolheu-o como seu patrono.